A FORÇA DA NÃO-VIOLÊNCIA: CONTRIBUIÇÕES BUTLERIANAS AO CURRÍCULO CULTURAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO PANDÊMICO
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Na sociedade atual globalizada, neoliberal, multicultural e desigual, as tensões políticas, culturais e sociais podem modificar as condutas dos sujeitos e o modo com que passam a olhar a si, aos outros e às coisas do mundo. Por vezes, as práticas de violência são utilizadas como mecanismo de normatização, controle, coerção e condições de morte a certas existências que não compactuam com as normas estabelecidas por grupos que exercem o poder na teia social. A pandemia ampliou o nosso olhar sobre a violência, basta lembrar-se que o retorno ao ensino presencial fez eclodir inúmeros conflitos atrelados à relacionalidade. O presente artigo objetiva pensar a força da não-violência como um princípio ético-político pautado na responsabilidade ética baseada na relacionalidade. No atravessamento dos estudos de Judith Butler em diálogo com o arcabouço teórico do currículo cultural da Educação Física, o artigo fomenta espaços para a criação de possibilidades de uma educação pela forma-de-vida.