O Melhor Uso do Tempo de Trabalho na Sociedade
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Este artigo analisa a planificação econômica, demonstrando que, na prática, ela é conceitualmente mais simples que os mecanismos do mercado capitalista. O caráter anárquico do mercado impede previsões significativas e a resolução definitiva de crises periódicas, enquanto a racionalidade interna das empresas, que em muitos aspectos tiveram maiores êxitos a partir de elaborações teóricas oriundas da experiência soviética, direta ou indiretamente, evidencia formas mais eficientes de organizar a produção e alocação de recursos. Todavia, no capitalismo, essa racionalidade é limitada à otimização do lucro, sem coordenação entre empresas. O estudo argumenta que a planificação econômica alcança seu potencial máximo ao partir da negação das categorias capitalistas — capital, lucro, dinheiro e propriedade privada — e se estruturar prioritariamente no trato do tempo de trabalho dos trabalhadores na produção, tanto em unidades individuais quanto no total produzido ao longo de um período. Dessa forma, o artigo sugere que a planificação pode assim oferecer um modelo mais coerente e racional para organizar a produção e distribuição da riqueza, destacando seu potencial de superação definitiva das contradições e crises intrínsecas ao sistema capitalista.