CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DE AMBIENTES MAKER ESCOLARES

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Abstract

Escolas da educação básica estão investindo cada vez mais em espaços de aprendizagem maker, porém não existem pesquisas orientadas que permitam compreender com mais profundidade as concepções por trás da implementação e utilização desses ambientes. Este trabalho apresenta o caminho traçado durante o desenvolvimento e a validação do conteúdo de um instrumento de pesquisa para avaliação dos Ambientes Maker Escolares. O instrumento foi construído com 16 itens, divididos em questões dissertativas e objetivas de múltipla escolha. Empregando o Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC) para medir validade e concordância, o instrumento foi avaliado por seis juízes experientes em educação maker quanto à clareza da linguagem (CVCT = 0,91248), pertinência prática (CVCT = 0,96665) e relevância teórica (CVCT = 0,96748). Os resultados globais para todos os critérios atingiram valores maiores de 0,90000, indicando níveis aceitáveis de excelência quanto ao grau de confiabilidade e de concordância do instrumento entre especialistas no assunto. Para melhor ajuste da proposta, os autores fizeram uma revisão do conteúdo do instrumento, aprimorando as questões de acordo com as sugestões fornecidas pelos juízes. Como resultado deste trabalho foi gerado um instrumento de pesquisa abrangente que poderá auxiliar pesquisadores, gestores e professores a obter informações acerca da concepção, implementação, utilização, gestão e divulgação de um Ambiente Maker Escolar.

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  1. This Zenodo record is a permanently preserved version of a PREreview. You can view the complete PREreview at https://prereview.org/reviews/13896157.

    Prezados Autores, deixo minhas congratulações pelo desenvolvimento do excelente estudo, abordando um tema relevante que demanda atenção e esforços para que a inserção de ambientes Maker gere impactos positivos nos ambientes escolares.

    Conforme apontado no terceiro parágrafo da Introdução, há pontos promissores para o uso do Movimento Maker integrado ao processo educacional, embora não haja consenso sobre os motivos e objetivos do uso deste movimento. Além disso, no Movimento Maker é promovida a metodologia STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática, na sigla em inglês) para a solução de problemas (PEPPLER e BENDER, 2013). Corroborando com o quinto parágrafo da Introdução, fez-se necessária a adaptação do instrumento de pesquisa para um assunto tão recente e que ainda carece de estudos, por isso sugeriria a inclusão de dois novos questionamentos, primeiro sobre o impacto em sala de aula para alunos expostos ao Ambiente Maker, avaliando o quanto alunos que apresentam dificuldades ou inseguranças quanto ao processo de aprendizagem foram impactados positivamente pelas aulas em Ambiente Maker (BEVAN et al., 2020), e em seguida questionar também se foi notada melhoria no processo de aprendizagem de disciplinas diretamente envolvidas na metodologia STEAM, como matemática, física e química, uma vez que estes temas são comumente abordados em atividades maker (KÖRTESI et al., 2022; SCHAD e JONES, 2019). Acredito que levantamento de tais pontos pode contribuir para a melhor compreensão dos impactos diretos não somente a rotina e a estrutura física oferecida aos alunos, mas também no auxílio ao processo de construção do conhecimento.

    Além disso, sugeriria apenas uma leve revisão na linguagem utilizada, especialmente durante a sessão de Introdução e na Metodologia, descriminando melhor a utilização do Coeficiente de Validade de Conteúdo - CVC, promovendo uma leitura mais fluida e alcançando um público maior, uma vez que este trabalho possui um bom potencial pela sua atualidade e necessidade de avaliações dos processos na instalação e utilização de ambientes maker escolares, podendo atingir profissionais da educação diversos, tendo assim uma melhor compreensão do objetivo e importância deste estudo.

    Referências

    Peppler, K., & Bender, S. Maker movement spreads innovation one project at a time. Phi Delta Kappan, 2013, 95(3), 22–27. doi:10.1177/003172171309500306f

    Bevan, B., Ryoo, J.J., Vanderwerff, A., Wilkinson, K. and Petrich, M. "I See Students Differently": Following the Lead of Maker Educators in Defining What Counts as Learning. Front. Educ. 2020, 5:121. doi: 10.3389/feduc.2020.00121

    Körtesi, P.; Simonka, Z.; Szabo, Z.K.; Guncaga, J.; Neag, R. Challenging Examples of the Wise Use of Computer Tools for the Sustainability of Knowledge and Developing Active and Innovative Methods in STEAM and Mathematics Education. Sustainability 202214, 12991. https://doi.org/10.3390/su142012991

    Schad, M., Jones, W. M. The Maker Movement and Education: A Systematic Review of the Literature. Journal of Research on Technology in Education, 2019, 52(1), 65–78. https://doi.org/10.1080/15391523.2019.1688739

    Competing interests

    The author declares that they have no competing interests.