Educação em saúde e formação crítica em enfermagem: práticas extensionistas no dia mundial do coração em Porto Alegre (RS)
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A educação em saúde, quando orientada pelo diálogo e pela reflexão crítica, configura-se como um espaço de emancipação e resistência frente às desigualdades que atravessam o processo saúde-doença. Analisar suas práticas, sobretudo em contextos públicos e interprofissionais, permite compreender o cuidado como ato político, ético e pedagógico. O artigo foi desenvolvido a partir de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo e reflexivo, fundamentada pelo Standards for Reporting Qualitative Research. Além disso, a investigação baseou-se na Política Nacional de Promoção da Saúde, na pedagogia freiriana e nas campanhas da World Heart Federation. As ações educativas, realizadas entre 2021 e 2025 em espaços comunitários de Porto Alegre, foram examinadas por meio de registros de campo e observação participante. A análise indutiva revelou três dimensões interdependentes: (a) a educação em saúde como prática emancipatória; (b) a interprofissionalidade como mediadora do cuidado integral; e a formação crítica como eixo estruturante da práxis em enfermagem. Conclui-se que práticas educativas ancoradas em abordagens críticas e dialógicas fortalecem o protagonismo dos sujeitos, ampliam a autonomia e reafirmam o compromisso político da enfermagem com a equidade, a cidadania e a transformação social.