EMOÇÃO E COGNIÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA: TENSÕES, CONTRADIÇÕES E APRENDIZAGEM EXPANSIVA
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Este artigo constitui um recorte de uma pesquisa sobre as relações entre emoção e cognição nos processos de ensino e aprendizagem, tendo como referência a Teoria Histórico-Cultural da Atividade, com base nas formulações de Leontiev, Vigotski, Davidov e Engeström. O estudo investigou a relação entre emoções e cognição no contexto do ensino de Física, analisando os sentimentos dos sujeitos que influenciam o sentido da ação e o engajamento nas atividades de ensino e estudo. A pesquisa qualitativa utilizou a observação participante, diário de campo, gravações e grupo focal. A análise apoiou-se na Teoria da Atividade, e destacou três categorias centrais: tensões, transformações e aprendizagem expansiva. Os resultados mostram que as tensões e contradições, muitas vezes provocadas por elementos externos ou novas demandas, funcionam como motor para transformações na atividade, e que a valência das emoções — Aproximação do Motivo (APM) ou Afastamento do Motivo (AFM) — influencia decisivamente a permanência ou o afastamento dos sujeitos em relação ao objeto da atividade. Conclui-se que a gestão das emoções e a mediação docente são fundamentais para potencializar a aprendizagem expansiva, indicando a importância de estratégias pedagógicas que integrem aspectos cognitivos, emocionais e motivacionais no processo educativo.