FLORESTAN FERNANDES, ANALISTA DAS INSTITUIÇÕES POLÍTICAS NA REDEMOCRATIZAÇÃO (1980-1990): TENSÕES PRODUTIVAS NAS CIÊNCIAS SOCIAIS BRASILEIRAS
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Este artigo desenvolve três propostas: 1ª) problematiza a concepção de ciência política que se tornou predominante nas ciências sociais brasileiras a partir dos anos 1980 com com a influência determinante na constituição da disciplina de Bolívar Lamounier, Fábio Wanderley Reis e Wanderley Guilherme dos Santos; 2ª) a partir daí, pondera os limites do modelo de democracia que esses autores propunham no contexto de debates no contexto do fim da ditadura militar; 3ª) e argumenta que, nesse mesmo momento, emergia um outro tipo de ciência política, aquela empreendida por Florestan Fernandes nas intervenções que realizou ao analisar a transição, a constituinte e as instituições democráticas que se formavam no período. Esta pesquisa usa como método de análise ferramentas da sociologia e da história dos intelectuais, recorrendo, em certa medida, à teoria do campo científico de Bourdieu. Concluímos que Fernandes elabora um estilo de estudo da política que nomeamos de ciência política sociologicamente orientada-perturbada, por compreender os regimes políticos para além de suas manifestações institucionais, investigando como sociedade e política se constituem mutuamente.