O NARCOTRÁFICO NO TRAPÉZIO AMAZÔNICO: UMA ANÁLISE DOS ACORDOS DE COOPERAÇÃO
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A universalização da lógica proibicionista de combate às drogas ilícitas levou a adoção global de um modelo repressivo e autoritário, sobretudo após o início da “Guerra às Drogas” em 1970, sob liderança dos Estados Unidos. Nessa conjuntura, a América Latina tornou-se um dos epicentros da produção e comercialização de drogas psicoativas, consolidando a presença de grupos narcotraficantes na região. Destaca-se a crescente participação do Trapézio amazônico, na área da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru na dinâmica do tráfico. Buscando coibir esses novos fluxos, os Estados optaram pelo emprego das Forças Armadas no combate. Com base nessas informações, o presente artigo busca investigar os acordos de cooperação para o combate do narcotráfico firmados na região, visando compreender a atuação militar na tríplice fronteira e suas implicações. Para isso, adotou-se a Teoria da Securitização, desenvolvida pela Escola de Copenhague, em conjunto com a análise de fontes primárias e secundárias. A partir da análise realizada, observou-se que houve a securitização do combate às drogas no Trapézio amazônico, que resultou na militarização do processo. Os resultados, no entanto, não foram os esperados para conter a atuação do narcotráfico.