HUMANIDADES NA FORMAÇÃO ACADÊMICA: EXCLUSÃO PROGRAMADA, SABER INÚTIL OU BILDUNG?

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Abstract

O artigo é resultado de pesquisa teórica e documental, com enfoque qualitativo, que se propôs conhecer tendência/as que orienta(m) a inserção/abordagem e/ou exclusão das humanidades na formação acadêmica nos cursos de Agronomia, Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Veterinária, das 14 universidades comunitárias do RS, com o propósito de elaborar uma crítica que possa dar sustentação criativa a um contradiscurso ao paradigma instrumental no Ensino Superior. A coleta dos dados foi feita acessando as páginas eletrônicas das universidades, que são de domínio público, para identificar o perfil do egresso e conteúdos/disciplinas de formação humanística e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). A análise dos dados foi de conteúdo. Os dados apontam para fragilidades dos cursos no que diz respeito à formação humana considerando-se o baixo percentual destas disciplinas e conteúdos oferecidos nas matrizes curriculares. Constata-se inconsistências entre os perfis dos egressos e o que o desenho curricular apresenta, o que revela os efeitos da racionalidade instrumental e da cegueira do conhecimento reducionista. A organização curricular carrega poder, pois funciona para perenizar a fragmentação do saber presente na sociedade, como estratégia de formação do trabalhador. Desconstruir este fio condutor é dar um passo importante para desapegar-se da concepção instrumental que distancia a formação das experiências de vida e do contexto social, amparada pela lógica insular das disciplinas que dificultam o pensamento sistêmico. A visão empobrecida, carente das humanidades, reduz a consciência e o horizonte de sua contribuição para a identidade formativa do estudante.

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