MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO ACERCA DA DISLEXIA EM ÂMBITO NACIONAL

A educação vai além de um papel formativo, não estando somente restrita a um ambiente físico, mas, sim, relacionada às interações e experiências realizadas em diferentes dimensões do desenvolvimento humano e aos diferentes cenários em que se colocam os alunos, concebendo-se como um instrumento constitutivo, informativo, construtivo, dentre muitos outros atributos que são colocados em sua conceituação. Nesse sentido, o presente estudo tem como fim o mapeamento das principais discussões e argumentos levantados sobre a dislexia, em âmbito nacional, visando fomentar o debate e interesse nos efeitos que o transtorno específico de aprendizagem pode ter na vida dos alunos acometidos e suas repercussões na efetividade do ensino brasileiro. O estudo se deu a partir de uma metodologia exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa dos dados. Atentando-se aos critérios de inclusão e de exclusão, reuniram-se 217 trabalhos, dos quais os mesmos se intitulam: 1 monografia, 5 teses, 6 dissertações e 205 artigos contemplados para posterior revisão. A dislexia do desenvolvimento tem se revelado com alta prevalência e incidência na população se comparada à discalculia e à disortografia. Essa condição tem apresentado hereditariedade, caracterizada neurobiologicamente e com notórias relações ao gene codificador APO-B100 e ao cromossomo X, elucidando-se como um transtorno e distanciando-se de uma dificuldade, como alguns estudos intentam caracterizar, trazendo consigo um argumento de estrito déficit educacional.