CORPOS, SOCIEDADE E ESPAÇOS ACADÊMICOS: IDENTIDADES SUBALTERNAS E O DESAFIO DA CIDADANIA
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O entendimento do corpo como representação social, desvela outros corpos tal qual um correspondente simbólico e indissociável do sujeito da representação e de suas vivências. Isso é o que nos instiga a este artigo-investigação. Além de problematizar as dificuldades enfrentadas pela população transgênero e não-binária no que se refere à inserção social e laboral na sociedade brasileira, parte-se do desafio de reconhecer o transexual como cidadão/ã, apto/a a exercer seus direitos e garantias no Estado Democrático de Direito. Assim, este artigo analisa a percepção do corpo, refletindo sobre o contexto social de pessoas transexuais a partir do espaço acadêmico, especialmente no que se refere as leituras e enfrentamentos que fizeram e fazem para se sentirem incluídos. Para tanto, estabeleceu-se um diálogo entre as teorias de estudiosos como Michel Foucault e Judith Butler e os depoimentos coletados por meios digitais, caracterizando esta pesquisa como qualitativa, descritiva e analítica. Por meio deste movimento, foi possível contribuir na compreensão do processo histórico da configuração social das esferas educacionais de nível superior e da urgência de se discutir as questões de gênero nos espaços escolares, com vistas a promover a inserção dos sujeitos tidos fora da norma tanto no mundo do trabalho, quanto no social e no político, reconhecendo também sua posição de cidadania.