A FORMAÇÃO DOCENTE ENTRE A EAD E A IA: ESCRITA, FILOSOFIA E AUTONOMIA
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Este ensaio filosófico examina a interseção entre a educação a distância (EaD) e a inteligência artificial (IA) na formação docente, com enfoque no papel da escrita como ferramenta de reflexão crítica, autonomia intelectual e emancipação. O estudo destaca como a escrita, especialmente no contexto da Filosofia da Educação, promove o pensamento estruturado e a autoformação, enquanto o uso indiscriminado de ferramentas de IA generativa, como o ChatGPT, ameaça esses fundamentos pedagógicos ao minar a autoria e o engajamento intelectual. A partir das perspectivas de Platão, Jacques Rancière e Maurice Merleau-Ponty, o ensaio critica a dependência passiva da IA, que substitui o processo ativo e corporificado da escrita pela produção automatizada de textos. Argumenta-se que tais práticas corroem a essência da educação filosófica, que depende da reflexão individual, do erro e da dinâmica entre linguagem e formação de si. O texto também explora o potencial democrático da escrita, conforme proposto por Rancière no Mestre Ignorante, ao mesmo tempo que alerta para um certo uso da tecnologia que obscurece o poder transformador do trabalho intelectual autêntico.