Dificuldades no ensinar e aprender Bioquímica: a videoaula como ferramenta educacional

A Bioquímica é um conteúdo importante e necessário na formação profissional em alguns cursos de graduação, mas é de difícil assimilação, podendo gerar repulsa pela carência conhecimentos prévios de Química na escola básica. Por essa razão, um elevado nível de dedicação é exigido do educador para práticas metodológicas e pedagógicas que despertem curiosidade e interesse do estudante e melhore o processo de ensino. Na intenção de identificar as limitações desse processo, esse trabalho sondou os principais assuntos que geram dificuldade no ensinar e aprender Bioquímica e levantou no YouTube os vídeos publicados nos diferentes temas que abordam a Bioquímica. As maiores dificuldades apontadas foram a “assimilação” (56,8%), o “aprendizado” (32,4%) e “densidade da ementa” (31,1%). Ainda, as “anotações das aulas” (71,6%) e “livros didáticos” (66,2%) são os materiais que os estudantes mais recorrem para estudar. Além disso, o ciclo do ácido cítrico (55,4%), cadeia transportadora de elétrons (52,7%), bioenergética (45,9%) e lipídeos (45,9%) são os temas que mais geram dificuldade de entendimento. Já no YouTube, vídeos explicativos em diferentes línguas foram levantados para todos os conteúdos apontados na sondagem. Assim, foi possível identificar limitações no ensino e no aprendizado da Bioquímica, como a deficiência adquirida no nível básico em química orgânica, a falta de estrutura laboratorial que dificulta a visualização micro, tornando os vídeos um facilitador em sala de aula. Contudo, o uso do vídeo é dependente da concentração do educando no meio digital, do acesso à internet, de equipamentos e planejamento docente, não substituindo os esclarecimentos docentes.