Cuidados de fim de vida prestados a cardiopatas: necessidade de maior integração com equipes de Cuidados Paliativos. Série de casos e revisão da literatura
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ANTECEDENTES Existe alta demanda por Cuidados Paliativos (CP) em pacientes com doenças cardiovasculares. Profissionais de qualquer especialidade devem ser capazes de oferecer Cuidados Paliativos e buscar ajuda destes especialistas quando necessário. OBJETIVO Avaliar a percepção de Cardiologistas (C) sobre a necessidade de CP para seus pacientes, se isso motivou interconsulta com equipe de CP e quais cuidados eles ofereceram para os pacientes que faleceram durante a internação. MÉTODOS Foram avaliados os casos internados, em um dia, num centro quaternário de cardiologia, e selecionados os casos que morreram na internação. Destes, foram coletados dados demográficos, clínicos, de intervenções realizadas durante a internação e de decisões de limitação de suporte terapêutico (LST). Os C foram questionados sobre o risco de óbito na internação e a necessidade de CP de seus pacientes. RESULTADOS Os C reconheceram que 82,35% dos pacientes estavam em fase final de vida. Afirmaram que 75,53% precisavam de CP, mas solicitaram interconsulta com o Paliativista para apenas 16% destes. 41,18% dos pacientes receberam plano de limitação de suporte, 76,5% morreu em Unidades de Terapia Intensiva, e foi observado um número importante de intervenções. CONCLUSÃO Os Cardiologistas reconheceram a necessidade de Cuidados Paliativos para a maior parte dos pacientes, mas também discutiram LST para poucos e indicaram intervenções potencialmente inadequadas. Mesmo reconhecendo essa necessidade, não convocaram a equipe de CP.