O APAGAMENTO INDÍGENA E O LEGADO DO EVOLUCIONISMO CULTURAL NA PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE RACISMO NO BRASIL
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Este artigo tem o objetivo de verificar de que forma o evolucionismo cultural justificou e reforçou uma supremacia cultural branca no Brasil, instituindo uma narrativa em que os negros são seus principais antagonistas e os povos indígenas deixaram de existir após a colonização, descrevendo como essa crença carrega um legado até hoje na produção acadêmica brasileira sobre racismo no país. O artigo analisa a aparição das perspectivas indígenas em 44 trabalhos recomendados na primeira página de 5 buscas das principais palavras-chaves sobre racismo do Google Acadêmico brasileiro, fazendo um comparativo ao protagonismo das perspectivas negras para representar o corpo racializado que sofre racismo no Brasil. Com a análise, fica evidente a invisibilidade e a exclusão dos povos originários em todos os trabalhos, apresentando, na maioria das vezes, desde algumas mínimas citações até a inexistência de qualquer aparição indígena. Esse apagamento contribui para uma compreensão limitada e excludente sobre racismo no país, tanto no meio acadêmico, quanto na disseminação do assunto na sociedade em geral.