CORES E ETNIAS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE EVASÃO E CONCLUSÃO NAS LICENCIATURAS DOS INSTITUTOS FEDERAIS (2014 – 2018)
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Este estudo de caso se propôs a investigar índices de evasão e de conclusão com estratificação de cor/étnico-racial para cursos de licenciaturas dos Institutos Federais (IF). Apresenta suporte na perspectiva de modificação da estrutura majoritariamente branca dos discentes das Instituições Federais de Ensino Superior, promovida a partir da aprovação da Lei 12.711/2012 (Lei de Cotas), combinada aos indicadores de falta de profissionais habilitados para docência e altos índices de evasão acumulada e baixa conclusão. Este trabalho caracteriza-se como pesquisa quanti-qualitativa, apresentando-se como estudo bibliográfico e análise documental de fontes primárias obtidas por meio de pesquisa na Plataforma Nilo Peçanha. O período analisado, em todos os casos, foi de 2014-2018. Como resultados, foi possível identificar que a evasão acumulada total foi de 57%, com estratificação de brancos-B (54%), pardos-Pd (53%), pretos-P (54%), amarelos-A (52%), indígenas-I (44%) e não declarados-ND (67%); e, para concluintes, foi de 17%, sendo A (23%), B (21%), Pd (18%) P (15%), ND (13%) e I (9%). Pardos e pretos possuem maior representação nas licenciaturas-IF do que brancos, tomando como parâmetro o Censo 2010. Em geral, brancos, pardos e pretos apresentaram evasão com diferença inferior a 1% e para conclusão, menor que 7%; indígenas têm maiores dificuldades de concluir e menor evasão; e não declarados apresentam indicadores de conclusão e evasão menor que a média. Apesar do esforço federal incentivando a formação docente, investimento em abertura de cursos e campi, não houve melhoria nos índices de evasão e conclusão para cursos dos IF no período 2014-2018, tomando como base comparativa dados históricos no período 1986-2015.