OS AVANÇOS DA ESCOLARIDADE FEMININA: DE QUAIS MULHERES ESTAMOS FALANDO?

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Abstract

No presente artigo buscamos problematizar os índices de escolaridade feminina no Brasil, tomando como fonte de análise, dados coletados nas pesquisas realizadas pelo Censo Escolar 2021, 2022, 2023, o IDHM e a PNAD. Vimos que os resultados homogeneízam as mulheres e contribuem para a reprodução das desigualdades sociais ao invisibilizar os grupos de mulheres menos escolarizadas, sobretudo as negras. Observamos também que existem pesquisas que alegam aumento na igualdade de gênero no âmbito educacional, mas não consideram as especificidades de classe, raça, etnia, lugar de moradia, entre outros marcadores sociais que contribuem para a invisibilização das mulheres, colocando-as em uma situação de inferioridade ao dificultarem o acesso a educação e a continuidade dos estudos para as que conseguem acessar. O que faz com que seja importante questionar o aumento da escolaridade das mulheres de forma homogênea, problematizando grupos específicos. Observamos nas pesquisas que houve um aumento da escolaridade de mulheres, mas no grupo das que são brancas, de classe média e alta, moradoras, sobretudo das áreas urbanas.

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