A função social da escola: dimensões a considerar no trabalho para a convivência ética
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O presente artigo traz o recorte de um estudo quanti-quali, caracterizado como uma pesquisa-ação desenvolvida em uma Escola Pública Municipal, do interior de São Paulo, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa/Unicamp (CEP ) CAAE:32973114.2.0000.5404, que teve como objetivos implantar e avaliar o programa de formação de professores; e identificar quais transformações ocorreram, trazendo os principais avanços e dificuldades da escola, na área de convivência. A coleta de dados envolve diferentes procedimentos: sessões de observações na escola; questionários para avaliação das diferentes etapas da intervenção; questionários para avaliação do clima da escola (antes e depois de um ano de intervenção) em professores, alunos (a partir do 7º ano) e gestores; questionários para avaliação da incidência e tipos de intimidação presentes entre os alunos do Fundamental II (bullying); entrevistas com professores, gestores e alunos; e relatos e depoimentos durante os encontros de formação. A análise de conteúdo foi a metodologia adotada para o tratamento dos dados. Foram elaboradas quatro categorias de análise: as relações sociais e os conflitos na escola; regras, avaliações e segurança na escola; como situações de intimidação entre alunos; transformações pessoais: as habilidades sociais em processo de mudança. Os resultados apontam avanços expressivos no que se refere à visão crítica e consciente de alunos, professores e gestores, sobre a qualidade das interações na escola. As regras da instituição foram revistas pela comunidade e o novo documento dá ênfase aos valores eleitos e defendidos pela escola. As transformações pessoais geradas pelos novos conhecimentos, tanto nos adultos quanto nos alunos da escola, refletiram em habilidades sociais que possibilitaram uma convivência mais harmoniosa. O trabalho desenvolvido quais aspectos do universo escolar devem ser considerados como necessários, no planejamento para a convivência ética.