Economia e literatura: o problema da delimitação das necessidades humanas
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O artigo revisita perspectivas do que seriam os objetos de estudo das ciências econômicas, desde a racionalidade econômica até relações socioeconômicas em sistemas sociais instáveis. Tomando a filosofia como fonte das ciências humanas e sociais aplicadas, traz subsídios de disciplinas como literatura (ascetismo e abjeção) e psicologia (behaviorismo) para o debate teórico. Como resultados, identificou-se: a) tendência a considerar como causas das escolhas de consumo o que, em verdade, seriam consequências; b) desconsideração da aprendizagem da autorregulação e manejo das contingências ambientais pelo próprio sujeito para suas decisões econômicas; c) efeito da arbitrariedade, da utopia e da abjeção nas decisões. Concluímos que: a) a literatura funciona para descrever os comportamentos humanos e hierarquias de valores que fazem com que o sujeito tome sua decisão racional; b) a suposta racionalidade limitada do sujeito é um problema de conhecimento limitado do observador sobre as contingências que afetam ao sujeito observado.